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Trabalhador com mais de 100Kg pode trabalhar em altura?

Juscelino ValentinJuscelino abr 7, 2020 NR 35 - Trabalho em Altura 10 Comentários
Trabalhador com mais de 100Kg

É bastante comum gestores de segurança do trabalho limitarem o trabalhador com mais de 100kg a executarem trabalhos em altura. Devido a esse frequente questionamento, o Ministério do Trabalho publicou a nota técnica de Nº 195, em 2015. Esta nota técnica esclarece a utilização de EPIs para trabalhadores com mais de 100kg.

Essa confusão e questionamento surge devido a uma interpretação de parte da norma de fabricação de cintos paraquedista NBR 15836:2010, que determina o ensaio dinâmico do cinturão vestido em um manequim com massa de 100kg. É necessário ler e entender o restante da norma e as condições que esse teste estabelece, pois ficar apenas com a referência da massa dos 100kg do manequim é um erro, principalmente se concluirmos que esse é o limite de resistência do cinto.

Para entender a dinâmica, os esforços ou a energia de uma queda e definir a segurança do trabalhador em caso de queda, precisamos levar em consideração diversos aspectos, tais como: a altura; o fator de queda; elementos que servirão como absorvedores de energia, e; muitos outros fatores.

Só a massa não é suficiente para ser uma condição limitante!

Alguma norma brasileira proíbe o trabalhador com mais de 100kg a executar trabalhos em altura?

A norma regulamentadora de trabalho em altura Nº 35 diz o seguinte:

item 35.5.5.1 d) define que os equipamentos devem ser ajustados de acordo com a altura e peso do trabalhador, não havendo nada especificando qual o limite de peso.

item 35.5.7 define que o Sistema de Proteção Individual Contra Queda deve ser selecionado de forma que a força de impacto transmitida ao trabalhador seja de no máximo 6 kN quando de uma eventual queda. Também não especificando qual o limite de peso do trabalhador ou fator de queda para esse resultado.

item 35.5.5.1.1 dá a responsabilidade ao fabricante e/ou o fornecedor de disponibilizar informações gerais sobre o produto, sendo essas especificações observadas

item 35.5.11: A Análise de Risco prevista nesta norma deve considerar para o SPIQ minimamente os seguintes aspectos:

  • a) que o trabalhador deve permanecer conectado ao sistema durante todo o período de exposição ao risco de queda;
  • b) distância de queda livre;
  • c) o fator de queda;
  • d) a utilização de um elemento de ligação que garanta um impacto de no máximo 6 kN seja transmitido ao trabalhador quando da retenção de uma queda;
  • e) a zona livre de queda;
  • f) compatibilidade entre os elementos do SPIQ.

Portanto, segundo às normas vigentes, a resposta é NÃO. Nenhuma norma brasileira proíbe o trabalhador com mais de 100kg a executar trabalhos em altura.

Saiba mais sobre os “Riscos caso o trabalhador fique pendurado, preso pelo cinto“.

E os fabricantes, o que dizem sobre este assunto?

Existem fabricantes de EPIs oportunistas, que são aqueles que apenas entram no segmento devido a oportunidade financeira do negócio, fabricando EPIs com preços mais baixos, atendendo os requisitos normativos ao pé da letra, sem a devida proficiência de analisar a funcionalidade do equipamento.

Esses fabricantes, não especializados, quando respondem a esse questionamento, afirmam nas fichas técnicas que o seu cinto é para trabalhadores com até 100kg.

Sendo assim, trabalhador com mais de 100Kg não estaria acobertado em caso de acidente, se estiver utilizando o cinto desses fabricantes. Contudo, é preciso dizer que os trabalhadores com até 100kg correspondem à 95% da demanda de utilização. Ou seja, eles não tem interesse de entrar no mérito, pois esse é um questionamento técnico e não comercial.

Já os fabricantes especializados no segmento de trabalho em altura, que estão nos bastidores do desenvolvimento de normas, certificações de produtos e investem constantemente no desenvolvimento de novos produtos e tecnologias, sabem que não devem responder simplesmente dessa forma, pois os formadores de opinião vão questionar.

Nas grandes indústrias consumidoras de EPIs, são realizados testes dos equipamentos antes de homologá-los para o uso do trabalhador. Bem como, estas empresas possuem gestores de segurança que buscam a informação técnica correta – a fim de homologar o cinto paraquedista com a devida eficiência.

O que fala a fabricante Conquista Professional?

“Na NR 35, não vemos nenhuma limitação quanto ao peso do trabalhador. E para isso apresentamos um produto contendo exatamente todas as características exigidas na NR 35. Atendendo, assim, às necessidades do trabalhador com mais de 100kg, que foram aprovados pelo ASO (Atestado de Saúde Ocupacional)”.

“Os cintos paraquedistas, em conjunto com o talabarte duplo em Y (para trabalho em altura), possuem as seguintes características quanto a resistência mecânica:

  • Gera retenção de queda com forças abaixo de 6 kN em fator de queda 2 – para usuários até 110 kg.
  • Garante impactos abaixo de 6 kN para fator de queda 1 – para usuários até 130 kg.
  • Carga mínima de ruptura: 15 kN”.

– Marcos Amazonas,

desenvolvedor de produtos da Conquista Professional.

 

 Conteúdo Extra

Ouça a visão do especialista Marcos Amazonas sobre o assunto

http://www.rangersms.com.br/wp-content/uploads/2020/04/Marcos-Amazonas-Conquista-Ranger-SMS-online-audio-converter.com_.mp3

Desta forma, podemos afirmar que a carga de ruptura de um cinto vai muito mais além dos 15 kN.

Ou seja, quando limitamos a um impacto de 6 kN, estamos na verdade pensando na resistência ao impacto no trabalhador e não no cinto e elementos de ancoragem, pois estes são infinitamente mais resistente do que o corpo humano.

Em uma desaceleração brusca, os nossos órgãos internos também precisam estar protegidos. O corpo também tem uma resistência à impacto.

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Juscelino Valentin
Juscelino Valentin

Consultor Comercial de EPI´s da Ranger SMS

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10 comentários sobre o “Trabalhador com mais de 100Kg pode trabalhar em altura?”

  1. Ramon Tavares - 7 de abril de 2020

    Parabéns pelo artigo, conteúdo explicativo muito bem elaborado e de fácil entendimento.

    Resposta
    1. Juscelino Valentin
      Juscelino Valentin - 8 de abril de 2020

      Obrigado Ramon.
      Sempre que tiver duvidas ou sugestões sobre a nossa área de atuação, será um prazer em dividir e compartilhar o que estiver ao nosso alcance.

      Resposta
  2. Ângelo Romão - 7 de abril de 2020

    Parabéns pelo artigo , muito obrigado

    Resposta
    1. Juscelino Valentin
      Juscelino Valentin - 8 de abril de 2020

      Estamos a disposição Ângelo.
      Ficamos feliz por ter atingido a sua expectativa.

      Resposta
  3. Edson Campos Loures - 7 de abril de 2020

    Boa tarde!

    Meu nome é Edson Campos e momento estou atuando na área de Segurança do Trabalho e gostei muito das informações que vcs disponibilizaram aqui. Gostaria de receber mais informações da Ranger e da Conquista sobre o assunto.

    Agradeço atenção;

    Resposta
    1. Felipe Duarte - 8 de abril de 2020

      Olá Edson,
      Siga as nossas redes sociais e fique sempre atualizado das nossas novidades e informações técnicas.
      Pode procurar por @RANGERSMS .
      Será sempre um prazer, lhe ajudar com informações de qualidade.

      Resposta
  4. Umberto Alves da Silva - 7 de abril de 2020

    Esse tipo de esclarecimento é muito bem vindo.

    Tendo em vista a gama de gestores, aventureiros e profissionais de beira de esquina, que se inxirem em falar sobre algo que não têm proficiência.

    Quando uma empresa pautada na vivência, proficiência, congressos e seriedade se impõe.
    Os bons passar a ser valorizados.
    Parabéns Ranger
    Obrigado por envio Jucelino.

    Resposta
    1. Juscelino Valentin
      Juscelino Valentin - 8 de abril de 2020

      Obrigado Umberto pelas palavras.
      Temos muita satisfação em compartilhar conhecimento.

      Resposta
  5. Jarbas Medeiros Junior - 9 de abril de 2020

    Excelente e esclarecedor este conteúdo, a compleição física é também um fator que corrobora com o uso correto e seguro dos epis.

    Resposta
    1. Sr. Rangel SMS
      Sr. Rangel SMS - 16 de abril de 2020

      Obrigado Jarbas. É sempre um prazer, desenvolver conteúdo com o objetivo de disseminar o nosso conhecimento.

      Resposta

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