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Resgate Técnico Industrial (RTI): normas e orientações

O planejamento do resgate vertical, Resgate Técnico Industrial (RTI), quer seja para o trabalhos em altura ou espaços confinados, ainda é um tema bastante negligenciado pela maioria das empresas e gestores de segurança do trabalho. Mas isso vem mudando!

Se observarmos a evolução dos trabalhos em altura, podemos ver nos últimos anos os ganhos significativos com relação a segurança do trabalho no quesito de proteção contra queda. Atribuímos essa evolução ao princípio adotado na NR 35 – Trabalho em altura, como atividade que deve ser planejada, evitando-se a exposição ao risco, através de medidas que eliminem o risco de queda ou minimizem suas consequências quando não puder ser evitado.

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Esta Norma Regulamentadora (NR) propõem a antecipação dos riscos para a implantação de medidas adequadas, pela utilização de metodologias de análise de risco e de instrumentos como as Permissões de Trabalho, conforme as situações de trabalho, para que o mesmo se realize com a máxima segurança.

Amadurecimento do Trabalho em Altura

O desenvolvimento e amadurecimento do trabalho em altura vem sendo traçado na seguinte ordem:

Amadurecimento do Resgate Técnico Industrial

Em 2016 foi publicada o Anexo II da NR 35, referente aos dispositivos de ancoragem. Estamos vivenciando um amadurecimento do mercado neste quesito e já é perceptível o interesse das empresas, pela adequação das ancoragem.

Já no quesito Resgate Técnico Industrial, podemos afirmar que ainda existe um grande despreparo. As empresas não estão habilitadas para uma situação de resgate em altura ou espaços confinado com técnicas vérticas de movimentação e transporte de vítimas. Precisam evoluir com capacitações, disponibilidade de equipamentos e um plano de resgate estabelecendo diretrizes e eliminando ou reduzindo os riscos para o resgatista, garantindo que o atendimento seja conduzido prontamente de forma segura e profissional.

Resgate Técnico Industrial no Brasil

No Brasil, ainda não existe uma norma que estabeleça os procedimentos de um resgate em altura ou espaços confinados. Mas em 2016 tivemos início a formação da Comissão de Estudos de Qualificação de Profissional de Resgate Técnico Industrial por Corda em Altura e Espaços Confinados formada pela ABNT.

Já em 2017, tiveram início as discussões sobre Resgate Técnico Industrial com o objetivo de definir formas de atender a demanda do mercado, regras, diretrizes e características que norteiam o trabalho em questão.

Os documentos dessa comissão estão disponíveis no Livelink, na pasta da CE:099.019.002. Para solicitar login e senha de acesso, faça o cadastro no site.
Para mais informações contate: eduardo.lima@abnt.org.br

Apesar de não existir uma norma específica para o Resgate Técnico Industrial, já está prevista na NR 35 que a análise de risco deve considerar as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador. A recomendação da ANSI Z359.2-6.1 é resgatar a vítima que está suspensa em um tempo inferior a seis minutos.

Orientações sobre a Progressão do Trauma de Suspensão Inerte

Também está na NR 35, no item de treinamento, a capacitação dos trabalhadores com condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros. E no item emergência e salvamento, diz que as pessoas responsáveis pela execução das medidas de salvamento devem estar capacitadas a executar o resgate, prestar primeiros socorros e possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

Na imagem abaixo, podemos observar a progressão do trauma de suspensão inerte.

Orientações para progressão do trauma

Curso de Resgate Técnico Industrial (RTI)

Para suprir essa deficiência de resgate vertical nas indústrias, a Ranger SMS além de oferecer a terceirização dessa mão de obra, locação de equipamentos específicos para o resgate, também disponibiliza o curso de RTI (Resgate Técnico Industrial), que mescla noções básicas de resgate em altura, resgate em espaço confinado e APH (Atendimento Pré Hospitalar).

Este curso visa capacitar profissionais da área de emergência com técnicas aprimoradas de resgate e salvamento industrial, utilizando de equipamentos de última geração e seguindo os protocolos nacionais e internacionais de resgate técnico. Faça sua INSCRIÇÃO.

Felipe Duarte

Engenheiro Mecânico e de Segurança do Trabalho, especializado em projetos de Linha de Vida e Ponto de Ancoragem. Diretor Financeiro e Administrativo da Ranger SMS.

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